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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Pais devem acompanhar navegação dos filhos para evitar riscos virtuais às crianças

Cerca de 25% dos 33 milhões de usuários da internet no Brasil está na faixa dos 12 aos 19 anos, segndo pesquisa do Ibope/NetRatings. Os levantamento indica que o lar é o principal local de uso da web por esses adolescentes. Por isso, pai e mãe precisam conhecer algumas dicas para proteger os filhos de perigos como assédio sexual e pedofilia.

Segundo a especialista em psicopedagogia Cláudia Christ, com esta realidade ganha importância o papel dos pais no cuidado com os tipos de conteúdo acessados pelos jovens. "Antes mesmo de definir quais regras aplicar para evitar que os usuários mirins exagerem na quantidade de horas de navegação e acabem expostos aos riscos virtuais, é preciso responder uma questão essencial: você realmente sabe o que seu filho vê e faz na Internet?"

"Para evitar que o bem estar dos filhos seja ameaçado, muitos pais optam por instalar em suas máquinas os chamados filtros de acesso. A medida é válida, mas não pode e nem deve substituir o diálogo", aconselha a educadora. Segundo a especialista, as crianças e os adolescentes devem entender que no meio online, assim como nas ruas, existem diversas armadilhas à segurança.

Entre as dicas está a de manter o computador em uma área de circulação da casa, como a sala ou escritório, ao invés do quarto. "Além de evitar que seu filho passe horas isolado na frente do micro, isso permite que os pais se aproximem da criança com mais facilidade e compartilhem com ela informações sobre os tipos de sites e bate-papos acessados sem que isso seja entendido como invasão de privacidade", comenta Cláudia Christ.

Outra indicação da educadora é mostrar às crianças que a internet é apenas mais uma opção de lazer e educação entre várias — e não a principal ou a única. Na opinião da especialista, é essencial observar que a web não deve substituir opções de interação social no ambiente offline.

Exemplo dos pais

Negociar com a criança horários para atividades online é outro fator essencial. "As regras devem ser debatidas para que os dois lados, de pais e filhos, dêem sua opinião e estejam de acordo. Da mesma forma que o filho deve aprender a dosar a quantidade de horas a serem gastas em frente ao computador, os pais também devem se impor limites e policiar o próprio uso exagerado da internet em seu tempo livre", afirma Cláudia Christ.

A educadora cobra que os pais dêem o exemplo. "Da mesma forma que os pais esperam que seus filhos não escondam o que fazem no computador, a recíproca também é válida. Apresente para o seu filho sites interessantes e não deixe de responder quando questionado sobre o que está fazendo na web – seja uma atividade de trabalho, uma simples busca pelos filmes em cartaz nos cinemas ou uma pesquisa por preços mais baixos", diz.

A especialista também aposta no compartilhamento de conhecimentos e experiências. Isso significa que não são apenas as crianças que têm o que aprender nessa situação. "Com a velocidade das mudanças tecnológicas e a facilidade que as crianças possuem para captar novos conhecimentos, os adultos têm muito a aprender com os mais jovens sobre o uso da internet", declara Christ.

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